terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Fita Verde no Cabelo, a nova velha estória de Guimarães Rosa

Por Marina Maria Conchy Rodrigues

Ao iniciar a leitura de Fita Verde no Cabelo, o leitor retoma em sua memória e faz inferências a estória de Chapeuzinho Vermelho, um dos contos clássicos universais mais conhecidos no mundo e repleto de novas versões.O que não deixa de ser o caso de Fita Verde, uma releitura do conto original, feita por Guimarães Rosa, publicada em 1992, pela editora nova fronteira. Traz aspectos marcante da escrita Rosiana e emprega características do Regionalismo de 30, findando o movimento modernista e o estilo do autor. Notamos esses aspectos no decorrer da narrativa que, por sua vez, faz da Fita Verde uma Chapeuzinha abrasileirada. Os espaços desenvolvimentos ao longo da trama e as cenas que se constituem proporcionam ao leitor, seja ele adulto ou jovem, um efeito de catarse ao final da leitura, recriando na imaginação a inocência, os espaços como a casa da vó e o vínculo da infância representada pela menina proporcionam ao leitor momentos de contemplação e comparação, entre o novo texto e quais já foram lidos, promovendo uma intertextualidade. Ao mesmo tempo que as semelhanças entre as narrativa são profundas existem também as diferenças. As quais fazem da estória da Fita Verde no Cabelo um clássico por si mesma.

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